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Planejamento Urbano: Dá para começar pelo simples?

Devemos começar pelo simples e fazer concretizações. A partir do momento que a comunidade percebe o valor que estas melhorias urbanas proporcionam, criamos uma onda de entusiasmo que potencializa a próxima ação.
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Como entender planejamento urbano

Planejamento urbano pode ser abordado sob dois olhares. Aquele relacionado a cidade como um todo e aquele que diz respeito aos empreendimentos imobiliários que projetamos.

Nesta entrevista eu falei um pouco sobre a cidade do futuro.

“ A cidade do futuro precisa estar preparada para a inclusão de novas tecnologias, ela precisa estar preparada para receber novas formas de pensar, ela precisa também ter seus dados muitos bem guardados, monitorados e toda hora atualizados, sempre olhando para nosso dados de uma forma dinâmica e de maneira como está acontecendo agora”.

Veja a entrevista na íntegra.

Mas olhando para o planejamento urbano em novos empreendimentos imobiliários, como podemos ser mais assertivos?

Princípios para o Planejamento Urbano

Em seu mais recente livro Cidade AntifrágilCaio Esteves aborda a importância de olharmos para 3 pontos principais ao pensarmos em novos empreendimentos imobiliários ou mesmo novos negócios urbanos.

1 – Identidade: refere-se àquilo que é próprio do local. A essência do local. Caio alerta para a importância de preservar e se apropriar do que é único e local.

2 – Vocação: refere-se ao potencial. Aquilo que podemos potencializar com base na identidade, no entorno, na legislação, etc. Claro que este potencial depende dos novos elementos que inserimos ao lugar para ampliar a geração de valor.

3 – a soma dos elementos 1 e 2, multiplicada pela opcionalidade (fórmula do Caio Esteves que traduzo aqui com minhas palavras e minha capacidade de entendimento), gera o resultado que esperamos de um novo empreendimento imobiliário. Caio explica a importância da opcionalidade, ou seja, a resiliência que nossas cidades e empreendimentos precisam ter.

Em uma palavra mais simples, estamos falando de flexibilidade, ou seja, a capacidade que nossas cidade e empreendimentos imobiliários precisam ter de adaptar-se frente a novos cenários, como por exemplo a pandemia.

Precisamos oferecer oportunidades de adaptação para que dinâmica urbana se reorganize quando eventos e imprevistos acontecem. Precisamos fazer o planejamento destes cenários possíveis, para estarmos mais preparados para situação como a que vivemos.

Outra forma de olhar o Planejamento Urbano

Tenho estudado mais recentemente sobre desenvolvimento regenerativo que aborda este potencial inerente aos sistemas vivos.

“No design regenerativo, todos os aspectos de um sistema integral são considerados essenciais no processo de vida naquele lugar que precisa ser compreendido para, então, informar diretrizes de ação. Um processo de design regenerativo envolve sempre um time de consultores e facilitadores que estão junto com as lideranças de um projeto olhando para o sistema socioecológico — o entorno imediato e o todo maior que envolve o entorno imediato — que dá contexto para o projeto.”

Instituto do Desenvolvimento Regenerativo.

Como desenvolver a partir da Construção de Capacidades

Ainda na abordagem do Design Regenerativo, aliado aos conceitos da Cidade Antifrágil e que tenho estudado para melhorar práticas para o planejamento urbano, entendemos que a essência e o potencial de um sistema vivo (um Lugar, uma porção da cidade) pode favorecer a realização desde que seja realizado um trabalho anterior de “cultivo de condições e construção de capacidades”.

“Desenvolver significa, portanto, cultivar condições e construir capacidades que favoreçam a emergência de um novo potencial.”

Instituto do Desenvolvimento Regenerativo

Em outras palavras a nossa ação como promotores de empreendimentos imobiliários e do planejamento urbano é que após a nossa intervenção deve revelar mais da própria essência e fazer com que novos potenciais sejam percebidos e alcançados.

Uma visão baseada no ser humano, no seu comportamento e nas trocas entre eles é fundamental.

No artigo As cidades do futuro têm dois caminhos possíveis: antropocêntrico ou ecocêntrico tem um abordagem interessante.

O que é fato, as boas técnicas e conceitos para o planejamento urbano estão disponíveis. É preciso aprendermos com os erros do passado. Os empreendimentos imobiliários que já performaram devem ser revisitados no sentido de perceber insights para novos empreendimentos. Isso é inteligência urbana.

Da mesma forma as cidades, olhando para este sistema vivo e complexo. Nosso laboratório está aí, basta que consigamos perceber o que o tecido urbano quer nos dizer e isso nos dará muitas das respostas para a tomada de decisão.

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