Em um mundo onde as cidades estão constantemente buscando formas de se reinventar e revitalizar, surge um conceito que não apenas promete transformar o cenário urbano, mas também revigorar a experiência turística: o urbanismo regenerativo.
Ao combinar práticas de desenvolvimento urbano conscientes com a crescente demanda por experiências de viagem autênticas e responsáveis, cidades ao redor do mundo estão descobrindo que a regeneração urbana pode ser a chave para um turismo mais sustentável, cultural e inclusivo, onde os espaços urbanos não apenas sobrevivem, mas prosperam.
Neste artigo, mergulhamos nas maneiras pelas quais o urbanismo regenerativo e o turismo estão conectados e como esses conceitos redefinem tanto a paisagem das cidades quanto a forma como os visitantes interagem e experienciam esses espaços transformados. Confira!
O que é o urbanismo regenerativo?
O urbanismo regenerativo é uma prática centrada no lugar, que busca compreender a complexa teia de agentes e elementos que o permeiam. Essa compreensão profunda revela potencialidades locais e permite que a atuação do profissional se dê para possibilitar que o lugar as atinja e, consequentemente, se regenere. Esse processo tem vantagens que vão além da revitalização urbana: o foco dessa prática é usar o território para fomentar comunidades sustentáveis, resilientes e vibrantes.
Para isso, utiliza-se de uma abordagem holística, estudos profundos e valorização da cultura e história locais. Essa abordagem para com o território, em geral, concebe espaços urbanos de muita qualidade e pode também ser de grande valia para empreendimentos.
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Como os empreendimentos turísticos podem se beneficiar do urbanismo regenerativo?
Em primeiro lugar, espaços regenerativos melhoram a qualidade ambiental ao adotarem princípios e práticas que minimizam os impactos ambientais e promovem a conservação de recursos naturais. Entre as estratégias de sustentabilidade, tem-se o foco na criação de ambientes caminháveis, que reduzem a dependência de veículos individuais e suas consequentes emissões.
A incorporação de espaços públicos bem vegetados melhora a qualidade do ar e oferece opções de recreação que promovem saúde e bem-estar. Além disso, a preferência por conformações compactas economiza terra e conserva os biomas arredores. Esses são alguns exemplos de como os empreendimentos turísticos podem se beneficiar do urbanismo regenerativo.
Mas, para além da qualidade de vida e cuidado com o ambiente, a preocupação ambiental também funciona como um ativo imobiliário. Edificações que possuem selos e certificações ambientais possuem comprovadamente metros quadrados mais caros em relação a outras de mesma característica que não os possuem.
Além disso, o ecoturismo e o turismo de natureza e aventura têm crescido exponencialmente nos últimos anos, gerando uma oportunidade para locais com recursos naturais bem conservados.
Regeneração como alavancador do ecoturismo em Brotas
Um exemplo de cidade que faz um ótimo proveito do seu potencial natural é Brotas, no interior de São Paulo. Aproveitando suas deslumbrantes paisagens naturais, que inclui rios cristalinos, cachoeiras impactantes e extensas áreas de mata atlântica, a cidade investiu na regeneração como alavancador do ecoturismo com uma variedade de atividades.
São várias as atrações: rafting, canyoning, trilhas em meio à exuberante vegetação, mirantes e passeios de observação da fauna e flora locais. Essas atividades fazem do turismo de natureza um importante componente econômico da cidade, mas Brotas não deixa de lado a conservação ambiental.
São inúmeras as iniciativas de educação ambiental e preservação que visam fazer do ecoturismo uma atividade sustentável a longo prazo. Esses atributos recentemente concederam a Brotas o título de “estância turística”, com direito a um repasse anual de R$3 milhões para investir em projetos de infraestrutura turística.
Urbanismo, regeneração e criação de comunidades
A metodologia regenerativa vai bem além do turismo de natureza. Sua abordagem biocentrada (ou seja, a vida no centro) traz como foco a conexão entre pessoas e o ambiente. Essa interação fomenta a formação de comunidades através da construção de espaços que proporcionam encontros, potencializando a interação entre pessoas e ambiente, o que gera ecossistemas saudáveis e resilientes.
O design urbano ganha importância nesse tema à medida que uma infraestrutura acessível, com boa conectividade e espaços públicos bem projetados tem papel central no incentivo à vida comunitária. Além disso, ao envolver ativamente a comunidade local no desenvolvimento e co-criação do lugar, promove-se a participação cidadã e o senso de pertencimento.
Só a criação de senso de comunidade faz com que a identidade e cultura de um local se consolide e perpetue a ponto de virar uma experiência. Assim, uma comunidade forte também gera uma grande oportunidade para o turismo, ao passo que cria lugares com identidade.
O turista, cada vez mais, busca lugares que não sejam genéricos, e a existência de uma comunidade garante esse ativo. O projeto “Destino Galópolis” é um ótimo exemplo de como ativar o senso de comunidade e utilizá-lo como potencial de desenvolvimento.
No âmbito da economia, a revitalização de áreas urbanas degradadas cria oportunidades para o desenvolvimento de pequenas empresas, atrai investimentos e gera empregos.
Visando a resiliência em meio a possíveis crises, uma comunidade sustentável cria meios para se tornar cada vez mais independente de terceiros e produzir localmente. O sentimento de comunidade também acaba por induzir o consumo local e ajudar nesse fortalecimento. Esses elementos somados criam um ambiente próspero, onde o dinheiro circulante não vem apenas do turismo.
Como criar uma relação saudável entre comunidade e turismo?
O urbanismo regenerativo é muito mais do que uma ferramenta de ordenamento do solo. É muito comum, no Brasil e no mundo, que o turismo aja de forma predatória com a população, degradando o ambiente e explorando a mão de obra local. Então, como criar uma relação saudável entre comunidade e turismo deve estar no centro de qualquer projeto urbanístico contemporâneo.
Nesse sentido, a metodologia regenerativa vem para quebrar esse ciclo, uma vez que entende que um lugar só se desenvolve bem se toda sua teia de atores é beneficiada.
A regeneração surge como um apaziguador de conflitos e oportuniza que empreendimentos turísticos criem uma relação saudável com a comunidade local. Quando os empreendimentos entendem a complexidade do local em que se inserem, a relação empreendimento-comunidade se dá de forma equilibrada.
Nessa relação quase mutualística, os empreendimentos funcionam como um impulsionador de oportunidades e qualidade de vida. Já uma comunidade bem estruturada funciona como parte do atrativo turístico, que agora deixa de se limitar ao ambiente natural e construído.
Uma comunidade com cultura e identidade fortes dá vida ao “hardware” que é o ambiente construído e proporciona experiências muito mais exclusivas.
Portland como exemplo de criação do urbanismo regenerativo
Um exemplo de destino turístico que adotou a abordagem do urbanismo regenerativo é a cidade de Portland, nos Estados Unidos. Portland é conhecida por sua abordagem única para o planejamento urbano, que enfatiza a sustentabilidade, a inclusão social e a qualidade de vida de seus habitantes. A cidade investiu em mobilidade sustentável, edificações eficientes, espaços verdes, valorização da arte e popularização da cultura, tudo isso com muita participação pública.
Trazendo um caráter mais identitário, a cidade investiu na revitalização de bairros mais antigos e converteu suas instalações industriais em espaços residenciais e comerciais modernos. Além disso, Portland é conhecida por sua cena de alimentos e bebidas locais, com muitos restaurantes que valorizam a comida orgânica e sustentável.
O projeto “Destino Galópolis”, citado anteriormente, também usa dessa estratégia de valorização dos produtos locais. Pode-se dizer que essa união, além de criar uma experiência única, apoia os produtores locais e dinamiza a economia.
Pioneirismo da Biossplena: Liderando Tendências no Urbanismo Regenerativo
A Biossplena destaca-se como uma força motriz nas transformações do setor imobiliário e turístico, impulsionando a adoção de práticas do urbanismo regenerativo.
Sua metodologia, fundamentada em uma sensibilidade aguçada, é crucial na construção do conceito do lugar. Ao compreender as redes de atores locais, a empresa utiliza esse conhecimento como um conhecimento prático para criar lugares únicos, beneficiando todos os envolvidos.
A busca incessante pela integração de inovações e tecnologias emergentes não apenas eleva a sustentabilidade dos projetos, mas também reforça a visão pioneira da Biossplena de um futuro onde regeneração e turismo coexistem harmoniosamente, proporcionando um lugar único, que seja bom para todos.